Termina Outubro Rosa, é hora de celebrar a Campanha Novembro Azul.
Assim como o rosa foi escolhido para representar o sexo feminino, o azul representa o sexo masculino e o mês de Novembro, foi escolhido para esta Campanha mundial, devido ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata (17/11).
Para simbolizar mais ainda a questão masculina da causa, durante o mês de novembro, homens em todo planeta usam bigodes em suporte à Campanha, para disseminar a questão com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o tema. Assim, novembro ficou conhecido como o mês de deixar o bigode.
Mas de onde saiu toda essa mobilização?
Em 2003, na Austrália, um grupo se mobilizou para as questões de câncer de próstata, incentivo ao uso de preservativo e cuidados com a saúde do homem através de aposta em torno do bigode. A ideia seria durante todo o mês de novembro fazer a barba toda e deixar apenas o bigode crescer, tirando fotos do mesmo para que os outros participantes pudessem verificar entre si. A brincadeira inicial cresceu e hoje o “Movember” (Moustache+November – bigode+novembro em inglês), dá suporte e recebe doações em vários países para tratar os casos de Câncer de Próstata, em seu site “movember.com”.
No Brasil, não há representantes diretos do grupo, porém é possível se informar e apoiar o movimento contra o câncer de próstata por instituições diversas, como o Instituto Lado a Lado Pela Vida (www.umtoqueumdrible.org.br).
No país ainda não é muito difundida a ideia do Novembro Azul, porém, a importância da conscientização não é menor por conta disso: 16,7% dos homens têm pré-disposição ao câncer de próstata ao longo da vida e 1 a cada 36 pode vir a falecer da doença.
Traçando um paralelo à conhecida Campanha Outubro Rosa: hoje em dia, muito mais homens morrem de câncer de próstata do que mulheres morrem de câncer de mama e grande parte deles não tem as informações necessárias para se prevenir. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, em 2012/13 as vítimas por câncer de próstata foram 14,23% a mais que a por câncer de mama (60.180 c. próstata x 52.680 c. mama).
O Câncer de Próstata é o 6º mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. Nos países desenvolvidos a manifestação é até 6 vezes maior. Embora a maior incidência seja sobre homens com mais de 65 anos, a partir dos 45 a taxa de manifestação tem aumentado consideravelmente e, também pode ser diagnosticado em jovens em torno dos 20 anos. Porém, quando diagnosticado no início e tratado, os riscos de mortalidade são reduzidos em até 90%. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer, trata-se de 12mil mortes a cada 12 meses aproximadamente, número este 95% maior do que era há 30 anos.
Por esta razão, o Ministério da Saúde instituiu em agosto de 2009 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, enfatizando a necessidade de mudanças de paradigmas sobre a percepção da população masculina em relação ao cuidado de sua saúde e de sua família. Considerando essencial que os serviços públicos de saúde sejam organizados para acolher a população masculina. Ao lançar essa política específica, o Ministério da Saúde se comprometeu em suprir insumos, materiais educativos e equipamentos relacionados à saúde específica do homem, capacitando os profissionais médicos, monitorando e avaliando esses serviços.
É importante ressaltar que o Câncer de Próstata não apresenta sintomas, apenas em estágio mais avançado apresenta problemas urinários e disfunção erétil, é preciso se cuidar.
Prevenção: manter bons hábitos alimentares e físicos e frequentar o urologista.
Diagnóstico: ir ao urologista é essencial, principalmente se já houver histórico familiar do câncer – vá o quanto antes, após os 45 anos é necessário realizar anualmente os exames de sangue e retal a fim de verificar os níveis da proteína PSA (Antígeno Prostático Específico) no organismo.
Tratamento: depende do estágio do tumor, idade e condições de saúde do paciente. Podem ser realizadas manipulações hormonais, cirurgia, radioterapia, implantação de sementes radioativas na próstata e quimioterapia.
CUIDE-SE.
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